Confesso que fiquei muito animada para assistir o filme Noé, pelo trailer atraente que foi montado e por ser do diretor Darren Aronofsky, para quem não sabe ele tem obras primorosas em seu currículo como Réquiem para um Sonho e Cisne Negro. Então ter Darren (muito íntima) na direção me atraiu absurdamente, esperava sim uma narrativa complexa, diálogos imponentes e atuações de arrepiar. Mas não foi nada disso que encontrei.
O filme é fraco em seu enredo, tem diálogos irrelevantes e cria um vilão desnecessário, porque né todo "herói" precisa ser atacado por um vilão, para um filme ser considerado bom (besteira). As atuações em muitas vezes salvaram cenas medíocres do filme. Medíocres na minha opinião, pois sendo um filme de Darren poderiam ser cenas para ficarem gravadas na memória da sétima arte. Mas aí, muitos acham que por ser um blockbuster, não teria o mesmo peso artístico, mas galera Nolan fez do blockbuster Batman, um acontecimento em trilogia.
Não vou me ater a falar das modificações que foram feitas diante do texto bíblico, pois acredito na liberdade poética. Que algumas modificações no texto original traz relevância a filmes para que haja extensão de tempo e seja adaptável a filmes mais "pipoca", mas no caso de Noé tornou o filme mais grotesco do que já era. Não quero me estender aqui, pois muitas pessoas ainda não assistiram o filme.
Agora os efeitos especiais? Eu vou assistir um grande 3D? Não, você não vai. Diante das tecnologias atuais dos filmes hollywoodianos, Noé fica bem aquém do que imaginamos. Muito de seus efeitos especiais são fracos e ficam no meio do caminho, igual a pedra do poema de Drummond. "Tinha um efeito especial ruim no meio do caminho, no meio do caminho tinha um efeito especial ruim." Muitas vezes efeitos especiais grandiosos, servem para salvar filmes ruins e esconder seu roteiro mediano e inexpressivo, mas nem com isso Noé pôde contar. Até o fim do filme foi bem clichê, e acho que já superamos esta fase de fins clichês.
Minha decepção com o filme foi grande. Darren não inovou, não arriscou e nem fez disso uma obra válida a mais para seu currículo. Este filme é daqueles para esquecer o grande diretor que o fez. E esperar que em seu próximo filme ele recupere a "mão".
Minha impressão final: Era melhor ter visto o filme do Pelé.
Pamella Machado.





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